Um povo que preserva sua história
A região de Tupandi teve como primeiro nome São Salvador, em homenagem a um luso-brasileiro de nome Salvador, que vivia nas matas da região, sendo um fugitivo do governo imperial. Em 1º de janeiro de 1939, a denominação passou a ser Natal. Pouco depois, em 1944, o distrito e a paróquia passaram a denominar-se Tupandi, expressão que no vocabulário indígena significa Luz do Céu. Os primeiros habitantes do município foram neófitos do grupo tupi-guarani, dos quais não existe histórico algum. Como o governo imperial considerava as terras ocupadas por indígenas como devolutas (sem dono), concedeu-as por venda ou doação a quem quisesse ocupá-las em forma de sesmarias.
Desta forma, em 1791, Antônio Machado de Souza II adquiriu uma extensão de terras que mais tarde foi vendida a José Inácio Teixeira. Em 1855, após a devida medição, os primeiros lotes foram vendidos a Pedro Kuhn e Pedro Heck, então residentes em São José do Hortêncio.
Os primeiros imigrantes alemães chegaram a Tupandi em 1856. Neste documento consta que os pioneiros foram Mathias Nedel e Jacob Hartmann. Na sequência viera as famílias Heck, Schaedler, Schmidt, Junges, Simon, Rambo, Juchem, Weber, Schoffen, Vier, Hensel e outros. Em 1860, há registros de que 20 famílias moravam na localidade e em 1866, o número já era de 80.
Também no ano de 1866, ocorre a construção de uma capela e em 1876 é fundada a paróquia local. E em 1879 ocorre a primeira missa na nova igreja. A Igreja Matriz Cristo Redentor é ampliada em 1922 com a inserção de duas sacristias, sendo inaugurada em 1924.
No município, há a Casa Schoffen, considerada pelo arquiteto Gunter Weimer como ‘uma das menores casas’ em enxaimel existentes. A casa e a cozinha anexa foram construídas concomitantemente. Na residência localizam-se a sala e dois pequenos quartos.
Outro fato histórico que é importante destacar, é a vinda das Irmãs Franciscanas para a cidade em 1916. Em 1932 as irmãs fundaram o colégio primário, que deu origem a Escola São Francisco. Anos depois, a escola passou a ser responsabilidade da esfera pública municipal e segue em atividade até hoje. Em 1941, estas inauguraram um hospital no município. Com dificuldades para sua manutenção e a permanência de médicos, o hospital passou a atender como asilo a partir de 1963. Em 2007, o prédio foi adquirido pela prefeitura, que desde então utiliza o espaço para atividades na área da cultura e educação.